Reprodução

Reprodução:

De forma resumida tentarei explicar como copular ou acasalar sua caranguejeira. Primeiro será necessário ter dois exemplares maturados (adultos, com todo o aparelhO reprodutivo formado), de mesma espécie (espécies diferentes até podem ser acasalados, em certos gêneros, gerando os chamados híbridos, que são inférteis e podem trazer uma série de conseqüências, como doenças, morte precoce, poluição de nichos ecológicos, etc.) e de sexos diferentes (óbvio um macho e uma fêmea). O clima adequado é quente, principalmente no verão, pelo menos para a maioria das espécies que conheço.Os machos maturados possuem as extremidades dos pedipalpos em forma de luva de boxe, nos quais existe uma protuberância em cada, pelos quais ele irá depositar o esperma no epígeno na parte ventral do abdômen da fêmea (ver sexagem), através da cópula, onde o macho e a fêmea ficam de frente um para o outro, e o macho praticamente fica embaixo dafêmea, para poder alcançar com os pedipalpos a região do epígeno da fêmea. Ai que a maioria dos machos são mortos pelas fêmeas, no final do processo, quando estão se separando, pois eles se encontram em uma posição vulnerável. E necessário que ambo ssejam separados rapidamente quando estiverem se separando para evitar que isso ocorra.
O macho tece, regularmente, a teia espermática, na lateral do terrário, a qual se parece com
uma “barraca”, na qual ele deposita o esperma e, posteriormente, entra em baixo desta, com a parte dorsal voltada para baixo e as patas para cima, recolhendo o esperma com os bulbos (como se fosse uma seringa de injeção), só depois ele estará apto a copular comuma fêmea. É necessário colocar o macho no terrário da fêmea logo após ele fazer esse procedimento, para garantir uma maior chance de a fêmea ser copulada. O macho fica vários dias com o esperma “ativo”, mais quanto antes melhor.
 Coloca-se o macho dentro de um pote com furos (qualquer pote plástico que tenha espaço para o animal se mover um pouco serve), e coloca-se este no terrário da fêmea (relembrando que a fêmea deve estar maturada). O pote deve estar bem fechado, apenas com os furos de cerca de 1 cm, para a fêmea não entrar e matar o macho. A fêmea também deve estar bem alimentada para reduzir os riscos de ela matar o macho após a cópula. Como passar dos dias (geralmente leva cerca de uma semana) a fêmea se aproxima de uma forma menos agressiva e começa a vibrar e bater com as patas no chão, próximo ao pote do macho. Este é o momento de soltar o macho do pote com a fêmea, e ficar bem atento e preparado para a separação em caso de briga. Sempre se deve estar em mãos com algo para separar (uma prancheta para papeis ou uma régua) e um pote para prender e retirar o macho.A cópula pode demorar poucos minutos ou até horas, e durante todo o processo deve se estar atento. Quando os dois estiverem se separando, deve-se rapidamente interferir com algo (a régua ou a prancheta) e já colocar o pote sobre o macho e retirá-lo do terrário.Para uma maior porcentagem de sucesso, pode-se repetir a operação, no dia seguinte,copulando o macho com a fêmea novamente e seguindo todo o processo já descrito anteriormente. Alguns criadores copulam mais de cinco vezes seguidas seus animais, isso depende da avaliação de cada um, mas lembrando que uma vez já é o suficiente, pois na natureza dificilmente um macho sobrevive para copular duas vezes (embora outro macho possa copular com uma fêmea já copulada, nem sempre há outro macho disponível para tal).Eu recomendo entre duas e três cópulas seguidas.

O processo de “gestação” demora cerca de três meses mais varia muito de espécie para espécie. A fêmea tece uma espécie de “cama” de teia e deposita os ovos no centro desta teia, enrolando isso posteriormente, formando a ooteca, que leva cerca de um mês para eclodir (os filhotes começam a sair). Dias antes da eclosão é possível abrir com uma pinça a ooteca e verificar que já tem alguns filhotes se locomovendo no seu interior.A ooteca pode ser retirada da mãe após três semanas e mantida em um pote em banho maria com água, dentro de outro maior, dentro de uma caixa de papelão com uma lâmpadaincandescente (no caso de frio intenso) a cerca de 25ºC (incubadora), isso aumenta a probabilidade de mais filhotes nascerem e caso surjam dias de frio garante a sobrevivênciados mesmos. A ooteca também pode ser deixada com a mãe até a eclosão. Os filhotes sofrerão ecdises e quando estiverem com cerca de 5 mm (varia de espécie para espécie,geralmente são duas ecdises após a eclosão) devem ser separados e mantidos em potinhos plásticos com algodão ou papel higiênico umedecido no fundo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário